terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Decaimento Atômico


É a desintegração de um núcleo através da emissão de energia em forma de radiação. A radiação é um tipo de emissão de energia que pode se propagar por meio de partículas (radiação corpuscular) ou por meio de ondas elétromagnéticas (radiação elétromagnética).
Se o
núcleo de um determinado nuclídeo se encontrar numa situação de instabilidade, seja por ter um excesso de protóns ou de Nêutrons, ou excesso de ambos, tende a transformar-se noutro nuclídeo mais estável.
A este processo de transformação nuclear em que é alterada a proporção entre
protóns e nêutrons dá-se o nome de desintegração radioactiva.
Devido às desintegrações que vão acontecendo ao longo do tempo, o número de
núcleos instáveis contidos numa fonte radioactiva vai diminuindo.
Os processos de desintegração
radioactiva mais comuns são os de desintegração α (alfa), β (beta) e γ (gama).




Desintegração α (alfa)



Na altura em que foi descoberta a emissão do rádio 226 (1898), por Marie Curie e Pierre Curie, chamou-se ao fenómeno radioactividade α ou emissão α.
Às
partículas emitidas deu-se o nome de partículas α apenas por ser a primeira letra do alfabeto grego.
Posteriormente, verificou-se que essas
partículas eram um núcleo de hélio, formado por 2 protóns e 2 nêutrons. As partículas α emitidas apresentam energias bem definidas e podem ser utilizadas para caracterizar o núcleo de onde provêm.


Desintegração β − (beta menos)


A partícula β − é um electrão emitido pelo núcleo do átomo. O eletron é originário de uma transformação de um dos Nêutrons num protón, um eletron e um antineutrino. O eletron e o antineutrino abandonam o núcleo, chamando-se a esse processo emissão beta. O núcleo resultante apresenta portanto um nêutron a menos e um protón a mais.
O símbolo representa o
antineutrino que é uma partícula neutra, com massa quase nula, de spin , que interage fracamente com a matéria. Esta partícula é emitida pelo núcleo juntamente com o electrão.


Desintegração β + (beta mais)


Um núcleo que seja instável por ter um excesso de protón tende a que um protón se converta num Nêutron, que fica no núcleo , sendo emitidos um positrón e um neutrino.
Chama-se
partícula β + a esse eletron positivo emitido pelo núcleo. É de realçar que as partículas β + , na parte final do seu percurso, quando a velocidade já é diminuta, combinam-se com um eletron livre, convertendo-se em radiação electromagnética.


Desintegração γ (gama)


A emissão gama (γ) resulta de uma libertação de energia em excesso pelo núcleo de um átomo sob a forma de radiação electromagnética.
O decaimento gama poderá estar associado a outros decaimentos como o α ou o β se os
nuclídeos descendentes estiverem num estado excitado.
Os
fotões γ têm uma energia muito superior aos da luz visível e, regra geral, também aos do raios X, sendo portanto mais penetrantes.
Descrições resumidas dos modos de decaimento de isótopos mencionados nas páginas dos elementos da tabela periódica.

α:Emissão de partículas alfa (4He).

β+: Conversão de um próton em um nêutron e emissão de um pósitron (e+) e um neutrino.

β-: Conversão de um nêutron em um próton e emissão de um elétron e um antineutrino.

β-β-: Conversão de dois nêutrons em dois prótons e emissão de dois elétrons e dois antineutrinos.

CE: Captura de um elétron, conversão de um próton em um nêutron e emissão de um neutrino.

CECE: Captura dupla de elétron, conversão de dois prótons em dois nêutrons e emissão de dois neutrinos.

FE: Fissão espontânea. Divisão do núcleo em nuclídeos mais leves, geralmente acompanhada da emissão de nêutrons.

n: Emissão de nêutron.

p: Emissão de próton.

TI: Transição isômera. Emissão de raios γ ou conversão do elétron de estados metaestáveis duráveis. Emissão de raios γ de estados excitados de curta duração. Freqüentemente, acompanha outros modos de decaimento.

xxXx: Emissão de um nuclídeo genérico.


sábado, 31 de outubro de 2009

Efeito foto elétrico.

Um importante passo no desenvolvimento das concepções sobre a natureza da luz foi dado no estudo de um fenômeno muito interessante, descoberto por H. Hertz . Este fenômeno recebeu o nome de efeito fotoelétrico.

O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons pela matéria sob a ação da luz.

Para se observar o efeito fotoelétrico , é conveniente utilizar um eletroscópio de folhas ( fig. 1). No eletroscópio monta-se uma lâmina de zinco. Se a lâmina estiver carregada positivamente, a sua iluminação, por exemplo com a ajuda de um arco voltaico, não influi na velocidade de descarga do eletroscópio. No entanto, se a lâmina estiver carregada negativamente, o feixe de luz do arco descarrega o eletroscópio com grande rapidez.

Este fato só pode ser explicado de uma maneira. A luz provoca a emissão de elétrons pela superfície da lâmina. Quando a lâmina está carregada negativamente, repele os elétrons e o eletroscópio descarrega-se. Quanto está carregada positivamente, os elétrons emitidos sob a ação da luz são atraídos e voltam ao eletroscópio. É por esta razão que a carga do eletroscópio não varia.

Fig. 1

No entanto, quando o feixe de luz é interceptado por um vidro normal, a lâmina carregada deixa de perder elétrons, independentemente da intensidade do feixe de luz. Como é conhecido que o vidro absorve os raios ultravioletas, pode concluir-se que é precisamente a parte ultravioleta do espectro que provoca o efeito fotoelétrico. Este fato, apesar de simples, não pode ser explicado com base na teoria ondulatória da luz. Não se compreende porque é que as ondas de luz de pequena freqüência não provocam a emissão de elétrons mesmo nos casos em que a amplitude da onda, e, portanto, a força com que ela atua nos elétrons, são grandes.

Leis do efeito fotoelétrico

Para se obter uma idéia mais completa sobre o efeito fotoelétrico é necessário determinar de que é que depende o número de elétrons ( foto elétrons ) emitidos, sob a ação da luz, por uma superfície e a velocidade ou energia cinética desses elétrons. Com este objetivo foram levadas a cabo investigações experimentais, que passamos a descrever. Colocam-se dois eléctrodos num balão de vidro do qual se retirou previamente o ar ( fig. 2). Num dos eléctrodos, através de uma "janela" de quartzo, transparente não só para a luz visível como também para a radiação ultravioleta, incidem os raios de luz. Com a ajuda de um potenciômetro faz-se variar a diferença de potencial entre os eléctrodos, medindo-a por meio de um voltímetro. O pólo negativo da pilha liga-se ao eléctrodo iluminado. Sob a ação da luz, este eléctrodo emite elétrons que, ao movimentarem-se no campo elétrico, criam corrente elétrica. Quando o potencial é pequeno, nem todos os elétrons atingem o outro eléctrodo. Se se aumentar a diferença de potencial entre os eléctrodos e não se alterar o feixe de luz, a intensidade da corrente aumenta, atinge o valor máximo, depois do que deixa de crescer ( fig. 3). O valor máximo da intensidade da corrente Is chama-se corrente de saturação. A corrente de saturação é determinada pelo número de elétrons emitidos num segundo pelo eletrodo iluminado.

Mudando, nesta experiência, o feixe luminoso, determinou-se que o número de elétrons emitidos pela superfície do metal num segundo é diretamente proporcional à energia da onda de luz, absorvida durante o mesmo intervalo de tempo. Neste fato não há nada de inesperado, já que quanto maior é a energia do feixe de luz, mais eficaz se torna a sua ação.

Passemos agora à medição da energia cinético ( ou velocidade) dos elétrons. No gráfico da fig. 3, vê-se que a intensidade da corrente fotoelétrica é diferente de zero mesmo quando a diferença de potencial é nula. Isto significa que, mesmo na ausência de diferença de potencial, uma parte dos elétrons atinge o eléctrodo direto ( fig. 2). Se se alterar a polaridade da bateria, a intensidade da corrente diminui até se anular, quando o potencial de polaridade inversa atinge o valor Up . Isto significa que os elétrons emitidos são detidos e forçados a valor para trás, sob a ação do campo elétrico.

O potencial de paragem Up depende do valor máximo da energia cinética que os elétrons emitidos atingem sob a ação da luz. A medição do potencial de paragem e o teorema da energia cinética permitem calcular energia cinética máxima dos elétrons:

Verificou-se experimentalmente que o potencial de paragem não depende da intensidade da luz ( energia transmitida ao eléctrodo por unidade de tempo). Não muda, portanto, também a energia cinética dos elétrons. Do ponto de vista da teoria ondulatória, este fato é incompreensível já que, quanto maior for a intensidade da luz, maiores são as forças que se exercem sobre os elétrons por parte do campo electromagnético da onda luminosa e, portanto, mais energia deveria ser transmitida aos elétrons.

Verificou-se experimentalmente que a energia cinética dos elétrons emitidos sob a ação da luz só depende da freqüência da luz. A energia cinética máxima dos fotoelétrons é proporcional à freqüência da luz e não depende da intensidade desta. O efeito fotoelétrico não se verifica quando a freqüência da luz é menor do que um dado valor mínimo vmin , dependente do material do eléctrodo.

Fig. 2

Fig. 3


Teoria do Efeito Fotoelétrico

Não resultou nenhuma das tentativas, feitas no sentido de explicar o efeito fotoelétrico com base nas leis de Maxwell ( segundo as quais a luz é uma onda electromagnética distribuída continuamente no espaço). Era impossível compreender porque é que a energia dos elétrons fotoelétricos é determinada apenas pela freqüência da luz, nem perceber a causa pela qual só quando o comprimento de onda é pequeno a luz se torna capaz de arrancar elétrons.

O esclarecimento do efeito fotoelétrico foi dado em 1905 por Alberto Einstein que desenvolveu a idéia de Planck sobre a emissão intermitente de luz. Nas leis experimentais do efeito fotoelétrico, Einstein viu uma prova evidente de que a luz tem uma estrutura intermitente e é absorvida em porções independentes. A energia E de cada uma das porções de emissão, de acordo com a hipótese de Planck, é proporcional à freqüência.

E = hf , onde h é a constante de Planck. ( 1 )

O fato de, como provou Planck, a luz ser emitida em porções, ainda não constitui uma confirmação definitiva do caráter descontínuo da estrutura da própria luz. Repara-se que a chuva também cai na terra sob a forma de gotas, o que não quer dizer que a água nos rios e lagos seja constituída por gotas, isto é, quantidades pequenas independentes. Apenas o efeito fotoelétrico permite pôr em evidência a estrutura descontínua da luz: a porção de energia luminosa E = hv contínua a manter a sua integridade, de tal modo, que essa dada porção de luz, quando é absorvida, tem de absorver-se toda de uma vez. A energia E de cada uma das porções de emissão é dada pela fórmula ( 1).

A energia cinética do elétron fotoelétrico pode ser calculada aplicando a lei da conservação de energia. A energia de uma porção de luz , hf permite realizar o trabalho de arranque W, isto é, o trabalho indispensável para arrancar um elétron do seio do metal e comunicar-lhe uma certa energia cinética. Por conseguinte,

( 2 )

Esta equação permite esclarecer todos os fatos fundamentais relacionados com o efeito fotoelétrico. A intensidade da luz, segundo Einstein, é proporcional ao número de quantos (porções) de energia contido no feixe luminoso e, por conseguinte, determina o número de elétrons arrancados da superfície metálica. A velocidade dos elétrons, conforme ( 2) , é dada apenas pela freqüência da luz e pelo trabalho de arranque, que depende da natureza do metal e da qualidade da sua superfície. Atenda-se a que a velocidade dos elétrons não depende da intensidade da luz.

Para uma dada substância, o efeito fotoelétrico pode observar-se apenas no caso de a freqüência f da luz ser superior ao valor mínimo f min . Convém reparar que para se poder arrancar um elétron do metal, mesmo sem lhe comunicar energia cinética, há que realizar o trabalho de arranque W. Portanto, a energia de um quanto ( quantum) deve ser superior a este trabalho:

hf > W

A freqüência limite f min tem o nome de limite vermelho do efeito fotoelétrico e calcula-se pela seguinte fórmula:

O trabalho de arranque W depende da natureza da substância. Portanto, a freqüência limite f min do efeito fotoelétrico ( dito limite vermelho) varia de substância para substância.

Por exemplo, ao limite vermelho do zinco corresponde o comprimento de onda l max = 3,7 . 10-7 m ( radiação ultravioleta). É precisamente por isso se explica o fato de efeito fotoelétrico cessar quando se interpõe uma lâmina de vidro, capaz de deter raios ultravioletas.

O trabalho de arranque no alumínio ou no ferro é maior do que no zinco, razão por que na experiência de 1 se utilizou uma lâmina de zinco. Nos metais alcalinos, pelo contrário, o trabalho de arranque é menor, ao passo que o comprimento de onda l max correspondente ao limite vermelho é maior. Assim, por exemplo, relativamente ao sódio verifica-se l max = 6,8 . 10-7 m.

Através da equação de Einstein (2) é possível calcular a constante de Planck h. Para tal há que determinar experimentalmente a freqüência v da luz, o trabalho de arranque W e avaliar a energia cinética dos elétrons fotoelétricos. Avaliações e cálculos apropriados mostram que h = 6,63 x 10-34 J.s. O mesmo valor numérico foi obtido por Planck durante o estudo teórico de outro fenômeno diferente que é a radiação térmica. O fato de terem coincidido os valores da constante de Planck obtidos por métodos diferentes, confirma a certeza da hipótese acerca do caráter descontínuo da emissão e absorção da luz pelas substâncias.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

O gato de Schrödinger




Quando falamos sobre o "gato de Schrödinger" estamos nos referindo a um paradoxo que aparece a partir de um célebre experimento imaginário proposto por Erwin Schrödinger em 1937, para ilustrar as diferenças entre interação e medida no campo da mecânica quântica. O experimento mental consiste em imaginar um gato aprisionado dentro de uma caixa que contém um curioso e perigoso dispositivo. Esse dispositivo se constitui de uma ampola de frágil vidro (que contém um veneno muito volátil) e um martelo suspenso sobre essa ampola de forma que, ao cair, essa se rompe, liberando o gás venenoso com o qual o gato morrerá. O martelo esta conectado a um mecanismo detetor de partículas alfa, que funciona assim: se nesse sensor chegar uma partícula alfa que seja, ele é ativado, o martelo é liberado, a ampola se parte, o gás escapa e o gato morre; pelo contrário, se nenhuma partícula chegar, nada ocorrerá e o gato continuará vivo.







Quando todo o dispositivo estiver preparado, iniciamos o experimento. Ao lado do detetor colocamos um átomo radioativo que apresente a seguinte característica: ele tem 50% de probabilidade de emitir uma partícula alfa a cada hora. Evidentemente, ao cabo de uma hora só terá ocorrido um dos dois casos possíveis: o átomo emitiu uma partícula alfa ou não a emitiu (a probabilidade que ocorra um ou outro evento é a mesma). Como resultado da interação, no interior da caixa o gato estará vivo ou estará morto. Porém, isso não poderemos saber --- a menos que se abra a caixa para comprovar as hipóteses.
Se tentarmos descrever o que ocorreu no interior da caixa, servindo-nos das leis da mecânica quântica, chegaremos a uma conclusão muito estranha. O gato viria descrito por uma função de onda extremamente complexa resultado da superposição de dois estados, combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados indistinguíveis!
A única forma de averiguar o que 'realmente' aconteceu com o gato será realizar uma medida: abrir a caixa e olhar dentro. Em alguns casos encontraremos o gato vivo e em outros um gato morto. Por que isso?Ao realizar a medida, o observador interage com o sistema e o altera, rompendo a superposição dos dois estados, com o que o sistema decanta em um dos dois estados possíveis.
O senso comum nos predispõe que o gato não pode estar vivo e morto. Mas a mecânica quântica afirma que, se ninguém olhar o interior da caixa, o gato se encontrará numa superposição dos dois estados possíveis: vivo e morto.
Essa superposição de estados é uma conseqüência da natureza ondulatória da matéria, e sua aplicação à descrição mecânico-quântica dos sistemas físicos é que permite explicar o comportamento das partículas elementares e dos átomos. A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou, inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger.
Curiosamente, alguns livros de física, para colaborar com a 'lei dos direitos dos animais', substitui nesse dispositivo experimental (hipotético) a ampola com veneno por uma garrafa de leite que ao romper-se, permite ao gato alimentar-se. Os dois estados possíveis agora são: "gato bem alimentado" ou "gato esfomeado". O que, também, tem sua parcela de crueldade.
Comentário
Quando se recorre á imagem do "gato de Schrödinger" já sabemos que estamos nos referindo a um dos aspectos mais singulares e misteriosos da mecânica quântica, a saber, que tais fenômenos quânticos necessitam, para ocorrer, da consciência de um observador. Explico melhor: quando se produz o colapso da função de onda de uma partícula --- que, segundo os 'entendidos' possui consistência ondulatória e corpuscular indistintamente --- esta pode resultar com um dado sinal (para seu 'spin') (+) ou outro (-), porém, enquanto alguém, um observador, não constatar, esse resultado não existe.
Não é que o resultado seja positivo ou negativo (todavia, desconhecido), não, é mais estranho ainda: o novo estado da partícula em questão (e suas possíveis conseqüências) não existe de nenhuma maneira até que seja verificado pela observação. Ainda não entenderam? Certo, junte-me a essa lista. Richard Feymann, premio Nobel de Física, já dizia: "quem não ficar pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". Pasmem!
Como ninguém entendeu nada, vale salientar que esse experimento mental tem outra versão: no exterior da caixa há uma partícula cuja função de onda entra em colapso; se o resultado do colapso resultar uma partícula com spin positivo o sensor acusa e o gato morre, se resultar com spin negativo o sensor nada acusa e o gato vive. Até que se observe o interior da caixa, o gato estará vivo e morto.
A imagem desse "gato", na física quântica, pelo menos tem uma vantagem, a de evitar repetir tediosas explicações como o princípio da incerteza, a simultaneidade do caráter ondulatório e corpuscular das partículas e outros detalhes técnicos desse peculiar campo da física.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Paradoxo de Gêmeos


O paradoxo dos gêmeos foi formulado há quase 100 anos atrás mas ainda hoje é um dos meios mais eficazes para compreendermos a essa ciência da dependência no estado de movimento do observador das noções de espaço e de tempo. Abordaremos o paradoxo dos gêmeos em sua formulação convencional salientando os seus pontos chaves e uma versão modificada onde consideraremos um universo com dimensões espaciais compactificadas.
Neste último caso é possível fazer com que os gêmeos se reencontrem sem que nenhum deles sofra nenhuma aceleração retirando assim a assimetria que convencionalmente é atribuida à resolução do paradoxo. Em seguida aproveitamos para analisar qual o verdadeiro papel da aceleraçãoe concluímos com uma reflexão sobre a sincronizaçãode relógios e com a relevância dos verdadeiros observáveis em relatividade restrita.

Na teoria da relatividade, cada observador tem sua própria medida de tempo, isso leva ao famoso paradoxo dos gêmeos.
Imagine que um dos gêmeos parte para uma viagem espacial durante a qual ele viaja próximo à velocidade da luz, enquanto seu irmão permanece na Terra. Por causa do movimento dele, o tempo flui mais devagar na espaçonave, conforme visto pelo irmão na Terra.
Assim o viajante ao retornar à Terra descobrirá que seu irmão envelheceu mais do que ele.
Embora isto pareça contrariar o senso comum, vários experimentos bem como a teoria da relatividade, indicam que nesse cenário o gêmeo viajante voltaria mais jovem.
Obviamente o experimento citado se torna impossível de ser realizado, pelo fato de que para existir realmente uma diferença temporal perceptível a velocidade do viajante deveria ser próxima à velocidade da luz e durante um tempo considerável.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Física Quântica
Mecânica Quântica ou Física Quantica é a parte da física que estuda o estado de sistemas onde não valem os conceitos usuais na mecânica clássica tais como os de trajetória e o de distingüibilidade de partículas idênticas -; aliás, os dois conceitos são intimamente relacionados; usualmente estuda o movimento das partículas muito pequenas, ou seja, em nível microscópico. Entretanto, efeitos há que ocorrem a nível macroscópico -;ver adiante. O conceito de partícula -;muito pequena, mesmo que de limites muito imprecisos, relaciona-se com as dimensões nas quais começam a ficar evidentes efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de uma partícula - veja Princípio da incerteza de Heisenberg, entre outros. Os ditos efeitos chamam-se - ; efeitos quânticos. Assim, a Mecânica Quântica é a que descreve o movimento de sistemas nos quais os efeitos quânticos são relevantes. Experimentos mostram que estes são relevantes em escalas de até 1000 átomos. Entretanto, existem situações onde mesmo em escalas macroscópicas, os efeitos quânticos se fazem sentir de forma manifestamente clara, como nos casos da supercondutividade e da superfluidez. A escala que regula em geral a manifestação dos efeitos quânticos é o raio de Bohr.
*A Física Quântica é super interessante e importante:
O desenvolvimento do transistor, do laser e da nanotecnologia são exemplos de aplicações da física quântica que revolucionaram nossas vidas. Apesar disso, parece ser um mundo estranho e que escapa à intuição. A teoria quântica proporcionou à comunidade científica novas formas de entender, de forma profunda, o mundo microscópico.
Recentes avanços tecnológicos permitem investigar este estranho mundo de forma detalhada a partir do isolamento e manipulação de sistemas quânticos como átomos, moléculas, fótons ou microchips supercondutores. Para além de seu interesse intrínseco e fundamental, estes estudos abrem perspectivas fascinantes no sentido de aplicações práticas.
Sonhamos sobre criptografia quântica, teletransporte e computação quântica. Se alguma destas aplicações vai se tornar realidade algum dia é uma questão em aberto. A certeza que temos é que a exploração das estranhas leis do mundo quântico ainda nos proporcionará muitas surpresas e motivos para se perguntar sobre a Natureza.





segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Resenha do Filme "Contato"
e nossa conclusão
Esse filme conta a história de Ellie (Jodie Foster), uma mulher, que desde pequena, buscou indícios de outras vidas no universo. Quando recebe uma mensagem com uma máquina capaz de levar um ser humano e fazer contato com extraterrestres, reinvidica o direito de ser escolhida para a missão. Quando ela é escolhida, passa por uma experiência incrível encontrando tudo aquilo que ela queria, porém, ao final do filme, Ellie não pôde comprovar que realizou tal viagem, que para ela durou cerca de 18 horas, mas para quem estava do lado de fora, menos de cinco segundos.
O filme mostra em muitos momentos as divergências de pensamentos existentes entre a religião e a ciência e como elas influem na vida de Ellie e no processo de construção da máquina.
Esse filme é um dos grandes exemplos da Física quântica, uma parte da física que acredita nas teorias.
Confira! Assista este filme, é super interessante!
Porém, se estiver em falta, pode ser que Aquele Mário tenha alugado todos!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Física!Pra quê?...


Para nós, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a física serve para entender os acontecimentos da nossa vida, além de provar, através de equações, situações importantíssimas para uma melhor compreensão da vida.Como por exemplo, a equação que calcula a velocidade média de um carro, a equação que calcula o movimento e a força de um objeto, etc.

A física permite-nos conhecer as leis gerais da natureza e compreendê-las mais profundamente, possibilitando melhor entendimento das diferentes situações que passamos ao longo da vida.Ela é importante não apenas para entender como o mundo ao nosso redor funciona, mas também para ajudar a criar soluções para problemas práticos.

Ao longo dos anos surgem dúvidas em nossas cabeças, como por exemplo "qual o melhor formato para a latinha de refrigerante?" ou , "será que existe vida nos outros planetas?", ou até mesmo, " como se explica o fato de dois corpos que são lançados de uma mesma altura, caem ao mesmo tempo, independente do peso?", são dúvidas como essas que fazem a Física tornar-se tão necessária em nossas vidas, afinal de contas, não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas!
A física estuda também o comportamento da matéria e da energia, então onde você vê o uso de energia, ou aplicações das propriedades da matéria (massa, densidade, resistência, condutibilidade, etc.), você vê uma aplicação da física.
Por exemplo, em uma torre que suporta o peso de cabos de alta tensão, você vê o uso da física, aplicada na engenharia civil. As estruturas em forma de treliça, a espessura mínima das estruturas, as resistências mecânicas, os esforços, tudo é aplicação da física. E sem linhas de alta tensão, a energia gerada não chega aos centros consumidores, teríamos que ter um gerador em cada bairro.
Um transformador elétrico também é todo ele aplicação da física, principalmente do eletromagnetismo.Um carro é uma máquina de Carnot, tem uma estrutura que é calculada segundo conhecimentos da resistência dos materiais, etc.
Enfim, em tudo nós encontramos a aplicação da física, nos seus mais diversos campos: resistência dos materiais, eletromagnetismo, óptica, gravitação, etc., é por esse motivo e muitos outros motivos, que hoje é possível afirmar que a humanidade não vive, de forma alguma, sem a FÍSICA!